Escola de Gente
A Escola de Gente – Comunicação em Inclusão é uma organização não governamental fundada em 2002 com o propósito de colocar a comunicação a serviço da inclusão na sociedade, principalmente de grupos vulneráveis como pessoas com deficiência. Somos um centro de criação de metodologias, programas e projetos inovadores que promovem práticas acessíveis e inclusivas.
A comunicação é a nossa estratégia de atuação para disseminar direitos que não são priorizados pela sociedade, especialmente os que se referem à infância e juventude.
Nossas ações envolvem o engajamento de atores sociais da esfera cultural, de setores governamentais, das empresas, da sociedade civil, organismos internacionais e todas as pessoas que acreditam nos processos de transformação social que buscam relações mais sustentáveis.
Nossa Missão
Transformar políticas públicas em políticas públicas inclusivas para que pessoas com e sem deficiência exerçam seus direitos humanos desde a infância.
Um trabalho que envolve incidência em políticas públicas, participação em conselhos de direitos, processos de qualificação na produção de conteúdos culturais e midiáticos, formação de multiplicadores. Sempre com o foco no direito à comunicação acessível.
História
Ao longo de nossa trajetória, mobilizamos presencialmente, virtualmente e de forma híbrida para o conceito e a prática da inclusão mais de 1 milhão de pessoas. Já atuamos nas Américas, África, Europa, Oceania e em mais de 200 municípios de 22 estados de todas as regiões do Brasil, além do Distrito Federal.
Os números são realmente expressivos. Nossas publicações sobre inclusão e direitos humanos, por exemplo, já ultrapassam 160 mil exemplares, distribuídos gratuitamente em diferentes formatos acessíveis. Temos contabilizadas mais de 8 mil horas de formação continuada em nossos projetos para pessoas de todas as idades, principalmente jovens.
O resultado de todo esse empenho vem por meio do reconhecimento em mais de 100 prêmios nacionais e internacionais. E a participação em mais de 2 mil fóruns, conferências e eventos relacionados aos temas da inclusão, juventude, cultura e educação.
Ao tratarmos da inclusão, da comunicação e da cultura como focos centrais da nossa instituição, as pesquisas e levantamentos levam diretamente a atenção para o público das crianças e jovens com deficiência, principalmente quando vivem na pobreza.
Segundo a Organização das Nações Unidas, existe cerca de um bilhão de pessoas com deficiência no mundo, 80% delas vivendo nas regiões empobrecidas dos países em desenvolvimento como o Brasil. Trata-se de uma população impedida de participar da vida econômica, social, artística e cultural de suas comunidades.
Ainda assim, atender às necessidades específicas de pessoas com deficiência é considerado um custo e não um investimento. Por isso, este segmento da população continua sem acesso a uma série de direitos, uma vez que não lhes é garantida ampla e diversificada oferta de acessibilidades. O resultado é mais exclusão para quem não se parece com os modelos de representação humana sobre os quais cada pessoa, cultura, comunidade ou sociedade se percebe e se organiza para o futuro.
O verdadeiro conjunto “Diversidade Humana” inclui a deficiência e é imensurável. Apresenta-se sob diferenças infinitas que conversam e incidem entre si, reinventando-se, continuamente. O desafio das políticas públicas é lidar com essa diversidade e concretizá-la nos programas e orçamentos.
Pessoas com deficiência são reais e têm urgência em contribuir com seus saberes para debates e decisões que as afetam nos sistemas nos quais estão inseridas: família, comunidade, nação, planeta.
Em 2006, a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi aprovada nas Nações Unidas. Dois anos depois, em 2008, foi ratificada no Brasil. Este foi o primeiro tratado de Direitos Humanos a ter valor constitucional no país, processo do qual a Escola de Gente participou ativamente, no Brasil e nos Estados Unidos. A Convenção é um recurso para reverter os quadros de segregação, mas precisa ser disseminada e praticada conjuntamente.
Nessa direção, a Escola de Gente vem se aliando a organizações sociais, oferecendo sua abordagem sistêmica de inclusão e diversidade, buscando reverter lógicas geradoras de exclusão entre os agentes de mudança, como governos, a comunidade internacional e o empresariado.