Destaque em O GLOBO: Claudia Werneck fala sobre exclusão na educação e tecnologia
Destaque em duas reportagens do jornal O GLOBO tratando sobre educação e inclusão no contexto da pandemia de Covid-19, nossa fundadora Claudia Werneck falou nesta terça-feira para a versão impressa do diário. Na matéria: "Nova escola se divide com a sala de casa", Claudia Werneck conta que a pandemia gerou escalada na exclusão na educação: "É a maior da história. As próprias ferramentas de transmissão ao vivo não tem tecnologia específica para acessibilidade".
O texto fala da experiência da Escola de Gente, que desenvolveu uma "gambiarra tecnologica" para oferecer transmissões com acessibilidade plena, o que tem despertado interesse de entidades internacionais para, inclusive, reproduzir o modelo. "O mundo virtual tem toda possibilidade de se tornar mais acessível que o real. Com mais agilidade, menos custos e mais possibilidades. Mas, para isso, as plataformas de ensino precisam oferecer, ao mesmo tempo, audiodescrição, Libras e legenda. É preciso levar em conta quantas pessoas com deficiência estão sendo excluídas neste momento."
O segundo destaque ficou por conta da versão digital.
Em reportagem de O GLOBO publicada em 27/07/2020, Claudia Werneck comentou o ajuste no parecer com orientações para o retorno às aulas presenciais para os estudantes com deficiência.
No projeto inicial, a recomendação era que os estudantes com deficiência ficassem no estudo remoto, enquanto os demais voltassem às aulas presencias. No entanto, o Ministério Público Federal apontou uma postura discriminatória no texto a partir da equiparação de deficiência a comorbidade.
Em nota, a Rede Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Rede-In), destacou os pontos do parecer que violavam as diretrizes traçadas pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, assim como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o Plano Nacional de Educação e a Lei Brasileira de Inclusão.
LEIA O POSICIONAMENTO DA REDE-IN NA ÍNTEGRA
Para o jornal, Claudia Werneck declarou: "A decisão do CNE é importante. Significa que o Conselho está aberto ao diálogo e alinhado à Lei Brasileira de Inclusão. Ao alterar o parecer inicial, o CNE ratifica não ser admissível a discriminação por deficiência no acesso a qualquer direito, sobretudo no acesso à educação. Alunos com deficiência têm o direito de participar do processo de retorno às aulas, desde que na hora certa, sendo a melhor opção para qualquer estudante, e com todos os recursos que garantam a imediata equiparação de oportunidades daqueles que têm deficiência".