Terminologia
- Educação especial
É uma modalidade transversal a todos os níveis, etapas e demais modalidades de ensino.
- Educação inclusiva
Expressão banalizada nos últimos anos e equivocadamente associada apenas a simples presença de estudantes com deficiência nas escolas comuns, refere-se a uma contemporânea de educação que entende o direito à educação como direito indisponível para toda criança e adolescente, não importa de que modo se locomova, ande, pense, leia ou não leia, a despeito de sua origem, religião, temperamento, condição humana.
- Equiparação de oportunidades
Expressão utilizada em substituição à “igualdade de oportunidades” para fortalecer o conceito de inclusão no âmbito dos direitos humanos, que articula o direito a igualdade com as diferenças. A expressão “equiparação de oportunidades está diretamente relacionada ao uso das tecnologias assistivas para a garantia dos direitos fundamentais. Por exemplo, uma pessoa com deficiência física e que se locomove apenas em cadeiras de rodas só poderá exercer seu direito de ir e vir com autonomia se estiver em locais acessíveis, nos quais seja possível circular com facilidade e segurança em sua cadeira, independentemente da ajuda de outras pessoas.
- Escola Regular / Escola Comum
Para se referir às escolas que não são especiais, o ideal é usar ESCOLA REGULAR ou ESCOLA COMUM e, no caso das turmas, CLASSE REGULAR ou CLASSE COMUM.
- Especial
Na maioria das vezes, usar a palavra “especial” para se referir a pessoas com deficiência é uma armadilha. No Manual da Mídia Legal 4 – Comunicadores(as) pelas Políticas de Inclusão está documentado que o uso do adjetivo especial só serve para reforçar o lugar do não-aceito. O vocábulo é útil porque, como metáfora, remete à carinho e à aceitação. Mas, na medida em que “ameniza” o que seria uma realidade problemática e difícil de ser enfrentada, a existência de uma pessoa com deficiência na escola, no trabalho, na vida em sociedade ou na família e, assim, acaba por “disfarçar” a urgência dos processos inclusivos. O uso do vocábulo especial acaba interferindo negativamente no avanço da garantia de direitos e acentua a exclusão. A violação de direitos não se dá apenas quando se impede alguém de exercer direitos. Acontece também quando se confunde direitos com privilégios. Para se referir às escolas que não são especiais, o ideal é usar escola comum ou escola regular e, no caso das turmas, classe regular ou classe comum.
- ESTENOTIPIA
Transcrição ao vivo das falas para o formato de texto escrito, por meio da intervenção humana associada ao uso de uma máquina chamada estenótipo, sendo bem mais precisa e rápida do que outros tipos de legendagem, diminuindo os erros de grafia e o descompasso entre o falado e o escrito.
- Estigma
É uma característica de um indivíduo considerada negativa pela sociedade e a partir da qual se tende a construir toda a sua identidade social, negando-lhe sua individualidade e se sobrepondo a suas qualidades e defeitos. A deficiência ainda é vista como um estigma, assim como viver com o vírus HIV. A estigmatização constitui uma violação dos direitos humanos e é potencialmente discriminatória.
- Ética da diversidade
A ética da diversidade combate a homogeneidade e privilegia ambientes heterogêneos, celebrando toda e qualquer diferença entre pessoas e grupos. É, portanto, a base da formação de alianças a favor do desenvolvimento inclusivo e sustentável nas quais cada parceiro contribui com sua expertise e seus próprios recursos em benefício de todos. Fundamentada na igualdade de direitos, na equiparação de oportunidades e na ratificação das diferenças individuais, a ética da diversidade não permite a hierarquização de condições humanas. Sob as “leis” que regem esta ética, pessoas com deficiência não mais representarão “um equívoco” ou “um deslize” da natureza, que gerou seres anômalos passíveis apenas de serem “aceitos”, “tolerados” ou “respeitados” em um mundo falsamente de “iguais” onde eles representam “a diferença a ser combatida”.
- Ética na diversidade
Expressão criada pela Escola de Gente e documentada pela primeira vez no livro “Você é gente?”, de Claudia Werneck, a ética da diversidade combate a homogeneidade e privilegia ambientes heterogêneos, celebrando toda e qualquer diferença, mas não desigualdades, entre pessoas e grupos. É, portanto, a base da formação de alianças a favor do desenvolvimento inclusivo e sustentável nas quais cada parceiro(a) contribui com sua expertise e seus próprios recursos em benefício de todos(as).